domingo, 6 de junho de 2010

O ensino público está defasado

As crianças e jovens de hoje vivem em um mundo totalmente diferente - o que existe nas escolas, salvo alguns casos, é reproduzir a velha e tradicional forma de educar, sem se preocupar com a inovação. É verdade que há muitos professores criativos que conseguem ministrar aulas prazerosas, mas na maioria dos casos, principalmente em escolas públicas, o que vale de fato são as técnicas de ensino herdadas do passado.

A pior coisa para um professor em uma sala de aula é não conseguir ‘prender’ a atenção dos alunos – talvez um dos motivos do conflito esteja ancorado no choque de gerações. Os jovens da chamada geração Y têm contato com a tecnologia desde a infância – computadores e telefones celulares fazem parte deste universo. Os alunos de hoje estão em outro ritmo e isso faz das aulas e do ambiente escolar atual algo monótono em sem prazer. Essa distância tecnológica que separa alunos e professores pode ser parte do problema.

Para mudar essa situação está mais do que na hora do governo investir em equipamentos modernos como as salas de aulas high techs. Não basta disponibilizar um laboratório de informática aos alunos, tem que adequar as escolas para essa nova realidade, senão corremos o risco do aluno perder o interesse pelo estudo.

Parece irreal pedir soluções futuristas para escolas que estão caindo aos pedaços, porém, se o Brasil quiser entrar no grupo dos países desenvolvidos, não pode ficar preso aos discursos, precisa encarar o problema e revolucionar a educação. As escolas particulares e algumas faculdades já começam a direcionar recursos e fazer experiências nesse sentido.

O ensino público por sua vez, além de estar perdendo em competitividade há muito tempo, corre o risco de formar alunos de segunda classe que continuarão a não ter “muitas chances” diante da concorrência. As diferenças entre o ensino público e o ensino privado se agigantam a cada dia. Criar quotas disso ou daquilo para proteger o estudante da escola pública e permitir que ingressem em uma faculdade em vantagem de condições sobre outros estudantes, só mascara o problema, precisamos revolucionar o estudo para que todos tenham as mesmas oportunidades.

O ensino público está claudicando há tempos, se continuar nesse ritmo, além de coxo, vai deixar de exercer o papel de formar e preparar cidadãos para o mundo. A escola pública já dava sinais de que não estava indo bem das pernas na minha época (anos 80), mas comparando com os dias atuais, no máximo nós sofríamos de uma dor muscular, hoje o que existe é uma trombose crônica caminhando para amputação.

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