quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Perdeu o emprego?

A demissão faz parte do universo de quem está empregado, no entanto, nenhum empresário acorda de manhã e diz: “hoje eu vou demitir alguém”. Há um elevado custo financeiro envolvido nas demissões, além da perda do investimento em treinamentos realizados pela empresa, portanto, sempre que ocorrem demissões, existe um preço muito alto a pagar. Os cofres públicos também são onerados no pagamento dos benefícios do seguro desemprego - o comércio em geral perde, ou seja, cria um problema social em escala.

A demissão pode ocorrer por ajustes financeiros na empresa em virtude de alguma crise onde o corte de funcionários é uma das opções - nos casos de fraco desempenho do empregado, fim de contratos temporários ou quando o funcionário comete algum erro grave em que a sua permanência nos quadros da empresa fique insustentável, enfim, são muitos os motivos.

Conseguir outro emprego não é uma tarefa fácil e deve ser administrada com muita paciência pelo demitido. Alguns fatores podem atrapalhar o desempregado na conquista de um novo posto de trabalho – a idade, por exemplo, é considerada na hora da contratação e pode ser um empecilho para o candidato. Quanto mais velha for a pessoa, menores serão as chances de recolocação, principalmente em cargos em que a concorrência é grande. Por outro lado, há os casos em que a idade pode ser determinante para conseguir um novo emprego, pois nessa situação a idade está associada a experiência do candidato, notadamente nos cargos de Chefia, Gerências em geral, Executivos, Técnicos e Mestres em diversas áreas. Quando a responsabilidade do cargo é maior e as tomadas de decisões são fundamentais para a empresa, os mais experientes levam vantagem - nessas situações a idade acaba ajudando o candidato, mas também há alguns limites estabelecidos.

A qualificação do candidato é outro fator decisivo para conseguir um novo emprego - se além da idade o candidato ao emprego for pouco qualificado, o retorno fica ainda mais difícil. Isso fica evidente principalmente naqueles candidatos que trabalharam por anos na mesma empresa e por se sentirem seguros no emprego não se especializaram ou sequer deram continuidade aos estudos, e quando se deparam com a realidade do desemprego percebem que precisarão mudar de comportamento caso queiram outro emprego.

"O que não pode ocorrer é uma pessoa que já possui uma idade que não seja muito competitiva com um currículo pouco atraente."

Muitos desempregados continuam fora do mercado de trabalho e grande parte deles já passou dos 40 anos o que leva a crer que estão faltando oportunidades para essas pessoas quer por causa da idade ou pela falta de qualificação do candidato. Por mais que o Governo tente regular, quem dita as regras é o mercado de trabalho e não há incentivos fiscais suficientes para contratar pessoas despreparadas. É proibido mencionar idade, sexo, cor ou situação familiar em anúncios de emprego, mas isso é facilmente driblado pelas empresas que podem utilizar esses critérios internamente sem que ninguém fique sabendo.

O quadro relatado acima faz parte do dia-a-dia de muitas pessoas, mas não há motivo para o desespero, pois a capacitação profissional é uma aliada dos candidatos no retorno ao emprego, mesmo para aqueles que não têm uma "idade muito competitiva".

"Para não ver a sua chance de conseguir um emprego pulverizada, procure estar constantemente atento às novidades. A palavra de ordem é se alinhar às exigências das empresas e qualificar-se."

É necessário compreender a dinâmica de contratação das empresas que a cada dia ficam mais exigentes, cobrando profissionalismo, dinamismo e formação de melhor qualidade de seus candidatos - só você pode tornar seu currículo melhor, ninguém mais. O candidato a uma vaga de emprego precisa pesquisar as necessidades do mercado e preencher os requisitos para que possa ser contratado. Eu acredito que a expressão “mercado de trabalho”, tem a ver com a capacidade da pessoa de vender a si mesma como um produto.

"Quem é qualificado e possui as credenciais necessárias para um bom emprego, é disputado pelas empresas."

Há muito tempo já existe a figura do Headhunter ou na tradução livre para o Português “caçador de cabeça”, que são pessoas especializadas em encontrar profissionais com algum potencial específico e que no futuro serão grandes Diretores, Gerentes ou Executivos de Multinacionais. Em países como Estados Unidos é muito comum ver os Headhunters circulando por universidades em busca de talentos ou assediando profissionais já consagrados oferecendo a eles oportunidades de trabalho em empresas concorrentes das quais estejam trabalhando. Pode parecer antiético alguém ligar em uma empresa e assediar algum funcionário importante, perguntando se ele gostaria de mudar de companhia, mas não, aliás, é uma prática bastante tolerada.

A busca do novo, daquele que pode mudar os rumos da empresa, faz do trabalho dos Headhunters um negócio lucrativo para empresas que se especializaram em caçar talentos. Mesmo sendo um profissional caro, as companhias que contratam Headhunters se dispõem a pagar o preço, pois estão certas do retorno do seu investimento, até porque, apostam no conhecimento que o contratado adquiriu tanto em universidades quanto nas empresas concorrentes.

"Construa um caminho na atividade que escolheu sem esperar por ninguém."

Quem estiver desempregado não deve perder tempo se lamentando nem ficar esperando um telefonema milagroso para resolver o problema - imediatamente ao perder a vaga de trabalho, entre em contato com seus amigos e conhecidos avisando da sua condição. Muitas contratações são feitas através de indicações, na qual um amigo que já esteja empregado pode ajudar na transição.

Uma boa formação profissional e investimentos constantes no conhecimento são as chaves para a conquista de bons postos de trabalho. É preciso investir tempo e dinheiro para não correr o risco de “envelhecer” sem estar com uma carreira consolidada. As oportunidades estão por aí, basta identificá-las de acordo com o seu perfil profissional.

A honestidade é muito importante e conquistar a confiança do patrão é fundamental para manter-se no emprego, mas para estabelecer-se não basta somente a confiança do chefe, tem que ter competência também.

Perder o emprego é fácil, conquistar outra vaga de trabalho é bem mais difícil.

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