sábado, 8 de maio de 2010

Não permita que a lei de Murphy governe a sua vida

Para quem não sabe o significa a lei de Murphy, vou dar um exemplo clássico de como ela funciona. Imagine-se em um supermercado lotado - você com o carrinho cheio das compras do mês se dirige ao caixa e escolhe a fila onde há menos pessoas e que aparentemente está fluindo mais rapidamente – assim que você posiciona o carrinho nessa fila, ela para. Pior ainda, a fila ao lado que era muito maior começa a se desfazer – você que não é bobo nem nada pula para a outra fila, mas sem nenhuma explicação a fila também trava, e para te deixar com mais raiva, a fila em que você estava anteriormente começa a andar.

Outro dia eu fui ao banco efetuar alguns pagamentos já imaginando o que teria de enfrentar – quando cheguei à agência não deu outra, a fila estava quilométrica, mas como estou mudando de comportamento, resolvi exercitar a minha paciência – fiquei tranqüilo e pensei que aquilo era apenas uma fila e que minha vez de usar o caixa eletrônico iria chegar, bastava aguardar com calma. Como em um passe de mágica a fila se dissipou - não foi num piscar de olhos, porém no tempo adequado.

Antes de escrever esse texto eu estava em um supermercado, lugar que eu detesto, principalmente em um dia de sábado. Às vezes eu tenho a impressão que as pessoas pensam ao mesmo tempo – por exemplo, quando vou usar o elevador tem sempre alguém de outro andar que aperta o botão primeiro. Quando o trânsito está congestionado, tenho a impressão que todos tiveram a mesma idéia e resolveram sair de casa no exato momento em que eu decidi sair. Quanto às compras de supermercado, a sensação que fica é que as pessoas têm a semana toda para fazer compras, mas resolvem ir ao supermercado no mesmo instante que eu.

Pensar dessa forma é permitir que a lei de Murphy governe a sua vida – no meu caso, apesar do supermercado não fazer parte dos meus programas favoritos, fui com muita tranqüilidade, enfrentei fila para estacionar, fiz as compras e na hora de pagar consegui um caixa com apenas uma pessoa na minha frente. Deixei a vaga do estacionamento sem nenhum estresse e ao chegar à rua uma pessoa segurou o trânsito com seu carro para que eu pudesse sair. Ao chegar em casa ainda recebi mais uma gentileza – um senhor permaneceu com a porta do elevador aberta por cerca de três minutos para que eu pudesse subir com as compras. Talvez se eu tivesse dado muita importância à lei de Murphy, nessas horas estaria reclamando do trânsito, do estacionamento, do mercado lotado, da falta de educação das pessoas, enfim, não faltariam motivos para me queixar.

A lei de Murphy só afeta os apressadinhos – a melhor forma de não ser governado por esta lei, é saber da sua existência, mas não dar importância aos seus efeitos. Não é a toa que a paciência é uma virtude.

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