quarta-feira, 28 de julho de 2010

28 de julho é o dia do Agricultor

Profissional imprescindível e pouco valorizado, o homem do campo luta para sobreviver na sua terra que muitas vezes são cercadas por grupelhos nada democráticos que desestabilizam o setor.

É do campo que vêm toda a produção de alimentos que geram divisas e milhares de empregos para nosso país. Parabéns a todos os profissionais que trabalham de sol a sol para que todos nós possamos a cada refeição ter o alimento para saciar a nossa fome.

Sou filho e neto de agricultor, sei o que meus pais e avós enfrentaram durante a sua vida para permanecer no campo. Embora o esforço deles tenha sido hercúleo, foram vencidos pela falta de incentivos a agricultura e pela ilusão de que na cidade as coisas seriam melhores.

Hoje aposentados, restam aos meus pais as lembranças de uma época de fartura e grandes amizades – mesmo que não lhes falte nada, sobra a saudade dos tempos de agricultor, onde tudo era difícil e custoso, porém a vontade de arar a terra e colher seus frutos sobrepunha qualquer dificuldade que por ventura aparecesse.

Com técnicas modernas e batendo recordes de produção por hectare, os agricultores atuais colocaram o Brasil na vanguarda da produção agrícola. As commodities agrícolas estão dentre as mais importantes da pauta de exportações brasileira. São milhares de dólares em divisas que entram e reforçam as nossas reservas, dando tranquilidade em tempos de crises.

Em 1979 os cantores sertanejos Dom e Ravel renderam uma justa e belíssima homenagem a todos os agricultores com a música “Obrigado ao Homem do Campo”. Veja o vídeo abaixo.


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terça-feira, 27 de julho de 2010

27/07 - Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho

Parabéns a todos os Prevencionistas do Brasil! Hoje, além de um dia especial, é aquele que também permite a todos nós uma oportunidade de reflexão e renovação de votos com a Segurança do Trabalho, para que jamais esqueçamos da nossa missão.

Valdeci T. Ribeiro
Técnico em Segurança do Trabalho
Editor do site www.liveseg.com

terça-feira, 20 de julho de 2010

Meu aniversário - 20 de julho

Hoje é um dia especial, não por ser o dia do amigo ou o dia em que o homem chegou à lua e os aniversários de Gisele Bündchen e Santos Dumont, mas porque é o meu aniversário.

Eu sempre pensei que comemorar aniversários era uma bobagem, pois afinal de contas a cada dia que passa fica mais perto do dia em que partiremos para um outro mundo, então por que comemorá-los?

Apesar do meu raciocínio fazer sentido, eu cheguei a conclusão que comemorar um aniversário é bom sim – celebrar o dia do nosso nascimento é brindar mais um nascer de sol, pois muitos não terão a oportunidade de fazê-lo porque já partiram.

Se nos é dada a oportunidade de comemorar mais 1 ano de vida, temos mesmo é que celebrar. Um dia aqui na terra é uma oportunidade a mais para aprender e quem sabe assim diminuir a nossa carga de culpas que carregamos por gerações.

Existe um ditado chinês que diz que há três coisas que não voltam para trás: “Uma flecha lançada, uma palavra dita e uma oportunidade perdida”.

A vida é feita de oportunidades, quando desperdiçamos uma, pode até vir outra, mas nunca do mesmo jeito. Por isso vou comemorar o dia do meu aniversário, mas não só ele - irei comemorar também os outros dias, mesmo que eles sejam os mais comuns e monótonos da minha vida. Vou comemorar cada momento, inclusive a oportunidade de escrever esse texto.

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

O Acidente de Trabalho e as perdas materiais

A visão mais comum sobre o acidente de trabalho é aquela ligada às pessoas, mas não devemos nos esquecer que os acidentes causam inúmeros prejuízos materiais. Quando acontece um acidente, máquinas e equipamentos podem ser quebrados ou danificados paralisando linhas de produção, atrasando entregas e causando perdas financeiras que às vezes levam tempo para voltar à normalidade.

Além disso, muitos acidentes terminam em mortes ou aposentadorias precoces, fazendo com que todo o investimento em treinamento seja perdido. Claro que tudo isso é muito pouco diante de uma vida humana, mas o fator material não pode ser ignorado. Quando algo é destruído ou algum tempo foi perdido, isso é para sempre, não há como recuperá-los. A empresa pode ter um seguro ou uma reserva de capital para recompor os danos, mas os valores perdidos são para sempre, pois alguém lá na ponta vai pagar esse prejuízo, quer seja através de uma seguradora ou pelos próprios recursos da empresa.

Já ouvimos muitas vezes que as pessoas devem “correr atrás do prejuízo”, uma frase totalmente equivocada - nós devemos correr é atrás do lucro, só louco corre atrás do prejuízo. Também já ouvimos falar em “recuperar o tempo perdido”, outra frase sem sentido - ainda não descobriram uma forma de voltar no tempo. O tempo uma vez perdido, está perdido para sempre.

O Profissional de Segurança do Trabalho tem como objetivo a prevenção dos acidentes buscando implementar medidas de Segurança que visam minimizar prejuízos de qualquer ordem. A empresa através de seus representantes tem a obrigação de facilitar o trabalho do Técnico, fornecendo-lhe todo o suporte necessário para que o seu trabalho surta efeito - só assim os riscos de perdas serão minimizados e a empresa pode obter resultados positivos na sua política de Segurança do Trabalho e consequentemente poupar seus equipamentos e maquinários.

O grande desafio do Técnico é aliar a Segurança do Trabalho as constantes reduções de orçamentos da empresa, mas cabem algumas perguntas: Isso é possível? Como uma empresa pode diminuir seus custos sem atingir o setor de Segurança do Trabalho? A resposta para essas perguntas está no ganho da produtividade - menos acidentes significam menos afastamentos e menos afastamentos se traduzem em mais dias trabalhados.

Um ambiente de trabalho planejado e organizado, com todas as normas de Segurança do Trabalho implementadas, fornece ao trabalhador tranquilidade para o exercício da função e seguramente haverá aumento de produtividade.

A empresa deve manter programas de educação para os seus colaboradores para que transformem o ambiente de trabalho em um local onde todos são responsáveis. Nenhum problema deve ser ignorado - se uma peça falhar, todos poderão pagar por essa negligência.

A Segurança do Trabalho e o cumprimento das Normas de Segurança é uma responsabilidade das empresas - quem cumprir, não faz mais que a obrigação e para aquelas que desobedecem, cabe ao MTB através das SRTE - Superintendência Regional de Trabalho e Emprego e aos Sindicatos identificarem o que está errado e aplicar as medidas necessárias para corrigir os problemas.

Uma empresa não é criada para obter prejuízos e sim lucros, mas o lucro não deve prevalecer sobre a vida humana. Para que haja equilíbrio entre capital e trabalho a empresa deve proteger o seu maior patrimônio que é o trabalhador.

Os acidentes e os enormes prejuízos por eles causados, já deveriam estar em pauta nas empresas há muito tempo, não há como cortar custos atingindo a Segurança do Trabalho. Uma política de Segurança do Trabalho bem implementada e uma consciência empresarial moderna focada na prevenção, são fatores decisivos para uma empresa saudável e economicamente viável.

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Cortador de grama - Análise de casos

Descrição do fato:
Funcionário uniformizado, usando boné para se proteger do sol, abafador de ruídos para os ouvidos e muito bem treinado para operar o equipamento, até aqui tudo perfeito! Só não entendi uma coisa, havia uma pessoa no meio da pista olhando o trabalho – eu não sei se fazia parte da equipe ou se era apenas um observador anônimo.

O carrinho cortador de gramas utilizado soltava um jato de detritos para trás que poderiam estar misturados a partículas volantes perigosas que facilmente podem atingir uma pessoa que estivesse passando pelo local. Nesse caso, o prejuízo também pode ser de ordem material, já que esse local onde a grama estava sendo aparada é o canteiro central de uma movimentada avenida.

O modelo do cortador de gramas era com descarga traseira e o ajuste da plataforma de corte estava muito baixo - ajustes muito baixo podem danificar o equipamento. A lâmina também pode entrar em contato com pregos, pedras, cacos de vidro e toda sorte de objetos que estejam espalhados pela grama ou superficialmente enterrados no solo, projetando todo esse material para onde o carrinho estiver virado.

Os motoristas que trafegavam pelo local passavam quase colados no canteiro e poderiam levar um jato de detritos diretamente para dentro do carro caso estivessem com a janela do automóvel aberta. O operador ficava tão concentrado no trabalho que bastava posicionar o cortador de gramas tanto à direita quanto à esquerda para mandar os detritos diretos para a avenida.

Considerações sobre esse caso:
Alguns carrinhos possuem coletores de detritos para recolher automaticamente o material resultante da roçagem, mas esse não estava preparado para isso ou por algum motivo não foi utilizado o acessório. Deixar de utilizar equipamentos e acessórios que comprometem a segurança, além de irresponsabilidade, pode custar caro para empresa.

Outro ponto a ser considerado é o espaço para manobra que é muito limitado no local. Um carrinho desse tipo tem em média 1,70m de comprimento - tomando como base a largura do canteiro que não passa de três metros, chegando inclusive a estreitar nas extremidades para facilitar o retorno dos veículos, fica claro a dificuldade encontrada pelo operador caso quisesse fazer cortes mais próximos da guia.

O cortador de gramas na situação relatada acima é recomendado para áreas maiores como grandes jardins, rotatórias, campos de futebol e de golfe, onde as superfícies gramadas são mais extensas. No local onde a grama estava sendo aparada, o equipamento mais adequado são as roçadeiras manuais que permitem maior mobilidade ao operador.

Clique aqui e veja o trabalho sendo executado com roçadeiras manuais no mesmo local. Uma equipe bem estruturada que a despeito de alguns pequenos deslizes conseguem executar a tarefa sem oferecer grandes riscos.

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terça-feira, 6 de julho de 2010

É mais fácil subir ou descer uma escada?

Tanto faz subir como descer uma escada para correr riscos de quedas, mas o risco aumenta substancialmente se ao subir ou descer uma escada você estiver carregando algum peso. O ato de subir ou descer é tão normal que não percebemos o quanto do nosso corpo é exigido ou está envolvido nesse processo, como a utilização dos músculos, tendões, articulações, tato e contato visual, além da força da gravidade que exerce um papel importante.

Quanto mais fortalecido os músculos estiverem, melhor será o desempenho ao subir ou descer uma escada, daí a importância da ginástica laboral e o treinamento - os exercícios ajudam a prevenir lesões e a melhorar a saúde. O treinamento proporciona a melhor utilização do corpo para que nada seja exigido além do necessário, permitindo um melhor desempenho sem colocar em risco a saúde do trabalhador, contribuindo para evitar acidentes.

O profissional Técnico em Segurança do Trabalho pode fazer testes na empresa utilizando funcionários com idade, peso e alturas diferentes, incluindo nesse teste funcionários que utilizam óculos, porque os óculos dependendo do grau e o tipo de comprometimento da visão pode interferir perigosamente em certas tarefas como subir ou descer uma escada, por exemplo, mas para isso, devem ser observadas as orientações da NR-17 com relação aos riscos do transporte manual de cargas e as limitações de cada indivíduo - esse teste pode balizar seus treinamentos futuros. É importante lembrar que um teste não é um experimento científico que é mais aprofundado e exige metodologias para que haja uma conclusão do estudo.

Quando o trabalhador conhece seu limite, os movimentos mecânicos que o corpo faz e a parte do corpo que está sendo exigida ao transportar uma carga manual, certamente ficará mais atento quando estiver executando esse tipo de tarefa.

Dicas:
- NR-17 - Ergonomia
- NR-18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
- Palestra com fisioterapeuta

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Reparos em edifícios e ancoragem predial.

Técnicos das empresas que operam a distribuição de sinais de TV por assinatura realizam instalações e reparos em cabos ou antenas receptoras no alto dos edifícios - isso é comum e faz parte da rotina. É muito comum também ver alguns desses Técnicos executando o trabalho sem utilizar equipamentos de segurança. A sensação que eu tenho quando vejo um trabalhador sem proteção é que o indivíduo não recebeu as orientações necessárias relativos à segurança ou esteja por conta própria abrindo mão de proteger-se.

Eu já fui síndico e sempre tive a preocupação em saber dos detalhes da operação que seria realizada no edifício e quais seriam os riscos bem como as ações dos técnicos responsáveis pela execução do trabalho para minimizá-los – isso era feito não só para evitar que os acidentes acontecessem, mas uma medida preventiva visando proteger o condomínio de uma provável co-responsabilidade em caso de acidentes.

Outro fator muito importante para empresas que executam trabalhos em altura como pintura de fachadas, limpeza de janela, serviços de manutenção na alvenaria do prédio ou instalação de ar-condicionado, são as mudanças repentinas no tempo. Em países da Europa e da América do Norte, as pessoas não saem de casa sem consultar os boletins do tempo que ocupam grande parte dos telejornais diários.

Muitas empresas ainda não atentaram para este detalhe, mas conhecer as condições climáticas pode fazer a diferença entre a vida ou a morte do trabalhador. Um exemplo recente que nós podemos destacar é o caso de dois trabalhadores que foram surpreendidos pelo forte vento quando faziam a limpeza das janelas de um grande edifício na cidade de São Paulo – isso foi documentado e reprisado várias vezes pela televisão e por muito pouco não aconteceu algo mais grave. Esse incidente causou um grande susto nas pessoas pela força do vento que açoitava o andaime com extrema violência, chegando inclusive a lançá-lo contra a fachada do prédio. Sem ter o que fazer os operários apenas aguardaram o desfecho dos acontecimentos - felizmente outros funcionários do edifício conseguiram salvá-los puxando-os por uma janela. O uso do cinto de segurança e uma boa ancoragem foram fundamentais para manter a segurança dos operários que apenas sofreram ferimentos leves. (Clique aqui e veja as imagens)

A maioria dos edifícios não possui pontos de ancoragem definitivos, e naqueles em que esses dispositivos estão disponíveis, poucos são confiáveis, haja vista que a falta de manutenção e a baixa resistência mecânica desses pontos são características comuns, necessitando reforço na segurança antes de qualquer trabalho realizado.

Nas regiões centrais das grandes cidades onde há muita concentração de prédios e costuma ventar bastante, eventualmente pode criar entre os edifícios um corredor de vento que torna esse tipo de trabalho ainda mais perigoso. Uma rajada forte de vento atingindo uma pessoa que esteja sem o cinto de segurança é capaz de derrubá-la de cima de um prédio, daí a necessidade do equipamento de proteção ou a interrupção do trabalho quando este oferecer risco, até porque, a NR-18 no subitem 18.18.4 diz que:

“É proibida a realização de trabalho ou atividades em telhados ou coberturas em caso de ocorrência de chuvas, ventos fortes ou superfícies escorregadias.”

O trabalho em altura deve ser programado com antecedência para evitar que o tempo interfira e possa de alguma maneira por em risco a vida do trabalhador. Entender o comportamento do vento na região e consultar os boletins meteorológicos deve fazer parte da check list das empresas que executam esse tipo de trabalho. As previsões do tempo estão cada vez mais precisas e já é possível saber com muita antecedência as mudanças climáticas em cada região do país, inclusive a intensidade das chuvas e dos ventos.

Para ler a NR-18 na íntegra, clique aqui.

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domingo, 4 de julho de 2010

O Técnico pode ser membro da CIPA?

O técnico é funcionário da empresa como qualquer outro, portanto é perfeitamente habilitado para participar do processo eleitoral da CIPA como candidato, veja abaixo o que diz a NR-5.

“5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:

c. liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante;”

Essa é uma questão simples de ser entendida, porém controversa, pois muitos profissionais ficam na dúvida se seria “adequado” um Técnico em Segurança do Trabalho, fazer parte da CIPA nessas condições. Alguns técnicos acreditam que participando da comissão como membro eleito poderia tirar o espaço de outro funcionário – outros acreditam que o técnico teria maior isenção e poderia cobrar mais da empresa sem sofrer retaliações.

Lembrando que cobrar ações preventivas da empresa é a função natural do Técnico, que pode utilizar o seu prestígio para isso, então não há necessidade de ser membro eleito da CIPA para cobrar do empregador as medidas necessárias na prevenção de acidentes – aliás, muito antes de cobrar alguma atitude da empresa o técnico precisa orientar o seu empregador acerca da Segurança do Trabalho, isto faz parte das atribuições da profissão prevista na PORTARIA 3.275 de 21 de Setembro de 1989 - Art. 1º inciso I.

I - informar o empregador, através de parecer técnico, sobre os riscos existentes nos ambientes de trabalho, bem como orientá-los sobre as medidas de eliminação e neutralização;”

Participar do processo eleitoral como candidato e ser eleito membro da CIPA é legítimo e garantido ao funcionário Técnico em Segurança do Trabalho, isso está bem claro, mas a pergunta é: Seria adequado? Eu acho que não. Também não acho adequado um técnico ser membro da CIPA através da indicação do empregador, nesse caso poderia causar algum desconforto nas reuniões da comissão.

Essa é uma questão que cada profissional tem que resolver individualmente - eu particularmente prefiro que o técnico colabore para o bom funcionamento da CIPA, orientando, conduzindo as atividades e atuando na coordenação.